Antes da eleição, alguns viam este segundo turno como uma escolha entre um status quo ultramontano e radical (Kast) ou mudanças estruturais revolucionárias (Boric). Mas não devemos esperar nem um nem o outro.

Quando a liderança política se convenceu de que, com a repressão, eles não eram capazes de controlar o movimento e o surto social, eles não tinham outra escolha senão abrir-se a novas faces, aceitar “pessoas” e permitir que pessoas comuns tomassem decisões.

Estou escrevendo estas linhas poucos minutos antes que entre em vigor o toque de recolher no Chile, pelo terceiro dia consecutivo. Se alguém tivesse me dito alguns dias atrás que eu passaria este final de semana trancado, entre estados de emergência e toques de recolher, eu não teria acreditado.