O fascismo brasileiro finalmente veio à tona, conta com o apoio de alguns setores da polícia e das Forças Armadas e está politicamente ligado a grupos de extrema direita das Américas e da Europa.

A campanha foi impulsionada principalmente pelo antibolsonarismo e antipetismo e não houve confronto de ideias sobre os problemas reais do país.

Enquanto nos primeiros dias de 2022 o mundo registrou registros consecutivos de infecções por Covid-19, causadas principalmente pela variante Omicron, o Brasil marcou um mês sem informar o número de casos da doença.

O dia 19 de Junho foi um dia difícil para Jair Bolsonaro. Para além das grandes marchas organizadas por todo o país contra o seu governo, as redes sociais mostraram o enfraquecimento do bolonarismo para dominar a agenda.

No campo da opinião pública na América Latina há um embargo da mídia à publicação de pesquisas de opinião. Esta exclusividade não se baseia em critérios de qualidade ou previsibilidade, já que em muitos casos as pesquisas mais recentes mostraram melhores resultados do que as tradicionais.

Hoje no Brasil vivemos com a síndrome de Voldemort. Os afectados são sobretudo jornalistas e meios de comunicação moderados, sobretudo os que agora se encontram órfãos do centro-direita. Eles são incapazes de pronunciar termos como “fascista”, “extrema-direita” e “ameaça à democracia”.

A relação entre mídia e política na América Latina é central na história recente do nosso continente. Grande parte dos países latino-americanos possuem características políticas, sociais e midiáticas bastante semelhantes que parecem ter sido orientadas por uma cultura política de matriz similar.