América do Sul

Na América Latina, durante décadas, foram concebidos e propostos diferentes projetos de moeda comum. Todos fracassaram.

Em tempos de emergência sanitária, a violência nas fronteiras – militarização, insegurança na travessia de áreas, ou violência baseada em gênero – e o recrutamento interno e/ou local são as manifestações mais evidentes da mercantilização do tráfico e contrabando de pessoas.

Coautora Luisa Feline Freier
A União Européia distingue entre “refugiados” e “migrantes irregulares”, o que significa que há aqueles que merecem proteção e outros que devem ser detidos e devolvidos. Neste sentido, a América do Sul é um exemplo na proteção dos refugiados.

O recente debate sobre a crise energética no Amapá concentrou-se no desempenho precário da concessionária, na baixa qualidade dos serviços em algumas regiões e na lentidão do governo. Mas a segurança energética só será garantida com a construção de um anel de infraestrutura em todo o Arco Norte.

O surto de Covid-19 levou ao fechamento total das fronteiras na América do Sul e, em alguns casos, a sua militarização para conter a pandemia, deixando milhares de migrantes retidos tentando retornar aos seus países de origem.

Nos últimos anos todos os pilares da Operação Sul-Americana se fragilizaram. Os instrumentos de defesa dos direitos humanos se debilitam e a democracia tem perdido entusiasmo. O comércio intrarregional despencou, as exportações dos países sul-americanos se reprimarizaram e mercado de manufaturados da região foi ocupado pela China.

Dois fenômenos que já vinham ocorrendo antes da pandemia respondem por parte significativa desse desastre regional sem precedentes. Além disso, o maior país da região perdeu seu papel de liderança em ambas as questões.

Coautor Marianna Albuquerque
O mês de outubro foi repleto de eventos: Eleições presidenciais foram realizadas em Argentina, Bolívia e Uruguai, uma eleição local na Colômbia, e uma crise institucional no Peru que redundou no fechamento do Congresso.