A devolução do Canal ao Panamá não só respondeu a pressões anti-imperialistas, mas também a uma reconfiguração do poder coordenado pelas elites empresariais dos EUA, que viam uma ocupação rígida do Canal como um obstáculo à expansão transnacional de suas empresas e bancos.
As crises questionam, implicam a ocorrência de momentos críticos, pontos de ruptura, refletem um caminho repleto de riscos, mas também de oportunidades. E, assim como dirigir em uma estrada, observamos vários sinais.
A concentração de riqueza está se acentuando. Enquanto isso, a situação trabalhista de grande parte das sociedades está se deteriorando com regimes trabalhistas mais intensos, obstáculos à sindicalização e atrasos nos salários.
Para evitar o colapso ecológico e social que enfrentamos, faltam reformas profundas nesse sistema econômico global, começando pela descarbonização da nossa sociedade. Isso requer vontade e valentia política.
O discurso de Milei no Foro Econômico Mundial pareceu uma síntese - caricaturesca - da pobreza intelectual do libertarismo contemporâneo. Se não fosse pelos perigos dessa ideologia para a ordem democrática, ela nem deveria ser levada a sério.
A América Latina é o cenário de disputas entre grandes empresas sobre o controle da água. Estas pressões para privatizar fontes de água e serviços de saneamento estão sendo resistidas na Bolívia, Argentina, México e, mais recentemente, no Chile e no Brasil.