A proposta da Igreja com a eleição de Leão XIV estaria menos centrada no controle doutrinário e potencialmente mais aberta ao diálogo com as periferias.
Após doze anos de pontificado, Francisco se projetou, com suas palavras e testemunho, como argentino e latino-americano à frente do menor e mais influente país em escala global.
A leveza de um líder da Igreja que abandonou, por um breve intervalo, sua imperturbável cumplicidade com a ordem estabelecida podia nos encher de um otimismo saudável e moderado.
A religião tornou-se um instrumento para reconquistar a fé dos eleitores, fundindo-se com o populismo para santificar a política e transformar a relação entre cidadãos e líderes.
Na sexta-feira, sem que ninguém esperasse, a menina falou. Vestia uma camiseta azul, seus cabelos estavam soltos, e manejava o microfone como o mais experiente dos locutores. Disse que foi ao céu com a missão de averiguar se aquilo que havia escutado no rádio era certo. Que o mundo acabaria no dia 21 de abril.
Quatro palavras que compõem uma expressão conhecida e, por vezes, muito popular, sobre a qual, além disso, há plena consciência de que não é apócrifa. O seu autor, Karl Marx, enfia-o no final de uma famosa frase da Crítica da Filosofia do Direito de Hegel: "A religião é o soluço da criatura oprimida... É o ópio do povo".