Economista. Professor adjunto do Instituto de Empresa em Madri. Ex-consultor em Educação Prática Global no Banco Mundial. Mestre em Administração Pública pela Universidade de Princeton.
O Peru se redesenha novamente como uma caricatura indelével de nossa incapacidade coletiva, temores e incompetência na busca de um bem comum duradouro.
O governo de Pedro Castillo tem trabalhado incessantemente para minar as incipientes tradições democráticas que haviam se enraizado no Peru do século XXI.
Una de las consecuencias del rebote económico, que viene de la mano con un incremento en el precio de la energía y otros factores relacionados a la reactivación económica, consiste en la tendencia inflacionaria a nivel internacional que parece haber llegado para quedarse.
A vertigem destas primeiras semanas de governo deixou um custo esgotante para a população. O novíssimo gabinete de ministros já teve uma renúncia notória, que se soma à relação tensa com o Congresso que projeta uma guerra de atrito com um final traumático.
O que deveria ser o caminho entre o final de uma etapa e o início de outra tornou-se um trânsito tedioso e infestado de buracos que ainda ameaça nos levar ao precipício da precariedade e do colapso institucional.
A tragédia do "vacunazo" teve Martin Vizcarra como o personagem central. No total, havia mais de 700 pessoas que receberam a vacina de forma irregular e sem seguir os protocolos estabelecidos pelo próprio governo de Vizcarra. A traição do povo peruano parece ter sido o elemento inspirador para o mito do Tantalus.
O ano de 2020 destacou a frágil estrutura que une o tecido social do Peru. Hoje, 2021 está se aproximando com a indiferença e a melancolia. Estamos à beira de um Bicentenário da Independência emoldurado pela teimosa incapacidade da classe dominante de elaborar um plano para uma República sustentável.
Os últimos 60 dias colocaram à prova o modelo educativo em vigor em todo o mundo. No contexto latino-americano, as condições de confinamento tornaram necessárias soluções urgentes, apesar das profundas limitações na oferta de educação pública da região.
A elite urbana do Peru considerou que a dissolução do Congresso seria um prelúdio para a renovação política. Entretanto, os resultados do último domingo mostraram a fratura social que leva as massas de peruanos a acabar exigindo alternativas semelhantes às ficcionadas por Vargas Llosa.
O título parafraseia o nome paradoxal de um livro escrito pelo romancista Oswaldo Reynoso. E é paradoxal porque, na cultura popular peruana, outubro é o mês dedicado à veneração do Senhor dos Milagres, que é identificado com numerosos atos divinos que salvaram a cidade de Lima de terremotos e outras calamidades.