A forte presença de candidatos independentes no Chile confirma outro fenômeno relevante em vários países da região: o desejo dos eleitores de eleger figuras sem vínculos com os partidos tradicionais.
A independência partidária surgiu como um atributo que dá confiança em um sistema político percebido por muitos cidadãos como opaco e alheio de seus interesses reais.
A sensação de que a única chance de mudar estruturalmente um país foi perdida continua acumulando frustração em cima de uma pilha de desencanto que já era grande demais.
Há dois meses da morte do ex-presidente Piñera, seu legado é objeto de debate. Para alguns, foi um construtor de pontes e instituições regionais, enquanto outros o veem como o precursor da direita populista radical no país do sul.