Professor de Pesquisa no Instituto Mexicano de Estudos Estratégicos e de Segurança Nacional (IMEESDN). Professor do Departamento de Relações Internacionais e Ciência Política da Universidad de las Américas Puebla (UDLAP).
A mensagem dos parceiros da coalizão presidencial é clara: a governabilidade depende da estabilização de uma coalizão que inclua parceiros políticos e limite o nepotismo e a tomada de decisões unilaterais.
Dois anos e meio após as novas autoridades penitenciárias assumirem, a Secretaría de Gobernación ainda nem sequer instalou a mesa de pré-liberação e, em diferentes partes do país, os coletivos indicam que o governo nada fez para mudar a situação.
O grave é que a administração do Presidente López Obrador está mais uma vez apelando -desta vez com a desculpa da eficiência e da segurança nacional- para as Forças Armadas para enfrentar os problemas de governança.
A pandemia de Covid-19 não desencorajou a travessia de migrantes. A redução do número de detentos em 2020 se deve mais ao relativo "relaxamento" das autoridades migratórias do que a uma redução na passagem de migrantes.
Os homicídios, que aumentaram drasticamente durante a administração Calderón e após uma moderação nos primeiros anos do mandato de Peña Nieto, aumentaram novamente em 2016, atingiram um recorde histórico em 2019, na administração AMLO, onde permaneceram no mesmo nível.
Apesar de o México ter a geração de profissionais mais bem treinada da história, nem o presidente Andrés Manuel López Obrador nem a sociedade mexicana têm confiança em suas habilidades. Ao invés disso, o governo recorreu às forças armadas para desempenhar uma miríade de funções.