Coordenador do Observatório Legislativo de Cuba. Graduado em Direito pela Universidade de Havana e Mestre em Direito Constitucional pela mesma universidade.
Esta tendência de privar os opositores políticos e defensores dos direitos humanos da cidadania ou da nacionalidade demonstra que a colaboração entre as autocracias da região é permanente.
Enquanto em Cuba há uma conscientização gradual e crescente da necessidade de democratizar o regime político, a tendência na América Latina parece estar na direção oposta.
As autoridades não parecem ser capazes de resolver o motivo fundamental que favorece o abandono dos cargos locais do Poder Popular: a crise estrutural do regime político.
Está claro que o CPI não capta a realidade da corrupção em Cuba, um fenômeno complexificado nos últimos anos pela expansão da propriedade privada em um contexto de controle estrito exercido por uma pequena elite política.
Em 2018, as autoridades cubanas registraram 18 recomendações relacionadas a obstáculos legislativos, no entanto, esses instrumentos ainda não foram ratificados.