Generalizar suas características apenas gera vieses analíticos que não contribuem para a explicação científica e para a pergunta: por que as pessoas estão optando por líderes autoritários?
O regime Ortega-Murillo está preparando uma transferência de poder com base em seu próprio círculo interno para dar continuidade ao seu projeto familiar ditatorial.
O fato de 50,4% dos eleitores terem eleito Trump não o torna menos autoritário ou aspirante a fascista, e essa grande vitória não deve ser considerada uma delegação de poder.
Como a situação evoluiu nos últimos dois anos? Enquanto Cuba e Bolívia permaneceram relativamente estáveis, a Nicarágua sofreu expatriações em massa e a Venezuela sofreu o pior retrocesso.
Em diferentes âmbitos, alerta-se sobre o fenômeno da “extrema/ultra” direita, apresentando-a, sozinha e em maiúsculo, como a principal ameaça às democracias.
A ascensão do autoritarismo no mundo não pode ser visto como um fenômeno homogêneo, mas o estudo particular de casos, juntamente com uma revisão da literatura, permite uma delimitação objetiva e concreta da realidade que estamos observando.