Pesquisador do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) e professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação do IBICT/UFRJ.
Enquanto as redes sociais se apresentam como territórios de liberdade e autenticidade juvenil, plataformas como Discord, TikTok e Reddit tornaram-se fábricas de identidade atravessadas pela polarização e pelo ódio.
A capacidade chinesa de criar soluções de baixo custo no campo da tecnologia digital ajuda a pressionar os atuais líderes de mercado na busca por soluções tecnológicas menos destrutivas ao meio ambiente.
É preciso evitar cair no instrumentalismo raso que incensa as inovações tecnológicas da era digital, e prestar atenção nas determinações políticas e econômicas que conformam o modo de produção informacional dominante.
O discurso de ódio gera engajamento, um fenômeno mensurável pela interação dos usuários da rede, e produz dados que engordam o big data das grandes plataformas.
A interrupção da rede mundial em 18 de janeiro de 2012 não foi causada por um problema técnico, mas por um ato político conduzido por milhares de plataformas digitais.