O desafio eleitoral no Brasil será definido pela tensão entre o descontentamento social e a capacidade do presidente de converter o confronto internacional em capital político interno.
O negacionismo instaurado por Bolsonaro transcendeu seu governo e hoje continua operando no Congresso, bloqueando avanços socioambientais e corroendo a confiança na democracia.
A Teologia do Domínio impulsiona no Brasil uma ofensiva político-religiosa: ocupar instituições, impor a moral bíblica e travar “guerras culturais” contra os direitos LGBTQIA+, o aborto e a educação com enfoque de gênero. Com Bolsonaro e figuras como Nikolas Ferreira, o pentecostalismo conservador ganha poder, tensiona o Poder Judiciário e corrói a laicidade e a democracia.
A novidade do avanço do sentimento anti-imigrante contra os brasileiros é que ele ocorre em um país historicamente visto como culturalmente ligado ao Brasil.