No Equador, cada crise política encontra sua saída nas urnas, mas as sucessivas consultas populares acabaram reforçando o ciclo de incerteza, em vez de promover a renovação institucional.
A atuação política de Daniel Noboa, entre marchas e concentrações em massa, revela uma liderança centrada em sua figura e o deslocamento da legitimidade institucional para as ruas.
Como em qualquer processo de “autocratização democrática”, Noboa precisa moldar o contexto institucional à sua própria imagem e semelhança como Chávez fez na Venezuela, Correa no Equador, Bukele em El Salvador e agora Donald Trump nos Estados Unidos.