As fraturas democráticas atuais não se manifestam mediante golpes militares ou fechamento abruptos de parlamentos. Enfrentamos rupturas institucionais sutis e progressivas, respaldadas por discursos populistas baseados na desinformação e amplificados pelas redes sociais.
Na América Latina, historicamente, há uma clara interferência das forças militares na segurança interna dos países, o que afeta o funcionamento da ordem democrática.
Na mesma velocidade que o vírus, a situação política mudou e começou a haver uma crescente resistência às decisões governamentais. No início, principalmente contra o confinamento compulsório e depois contra a vacinação.
O assassinato do presidente abre um cenário de incerteza para o Haiti e seu ambiente regional imediato. Institucionalmente, a crise não poderia ser maior: os três ramos do governo estão agora em um vácuo.