Nas recentes eleições, participaram 36 partidos e mais de 1.500 grupos inscritos no Conselho Nacional Eleitoral, que respaldou governadores, prefeituras, assembleias departamentais e conselhos municipais.
Vários países da região realizarão eleições em breve. Em alguns casos, crises pré-existentes desencadearam mobilizações intensas que foram drasticamente interrompidas pela pandemia. A situação, para todos estes casos, gira em torno da conexão entre crise econômica e crise sanitária.
Dois fenômenos que já vinham ocorrendo antes da pandemia respondem por parte significativa desse desastre regional sem precedentes. Além disso, o maior país da região perdeu seu papel de liderança em ambas as questões.
No final da década de 1980, o sociólogo brasileiro Sergio Abranches definiu o sistema político do Brasil como "presidencialismo de coalizão", sintetizando uma de suas características principais e aquilo que o torna "sui generis" com relação à maioria dos regimes presidencialistas, nos quais predominam governos de um só partido.