O assédio moral no local de trabalho, essa forma insidiosa de assédio que corrói a dignidade e a autoestima de quem o sofre, é uma realidade desoladora para muitas mulheres na região.
Os retrocessos sobre direitos reprodutivos das mulheres se conectam à presença e à linguagem violenta de líderes políticos extremistas, e processos de desinformação.
As mulheres que ocuparam esses cargos o fizeram apesar da persistência dos papéis de gênero e dos preconceitos baseados na ideia de que os espaços públicos, a tomada de decisões e o exercício do poder político não pertencem a elas.
A mobilidade reflete desigualdades enraizadas em papéis sociais historicamente atribuídos a homens e mulheres, já que as cidades são, em sua maioria, concebidas e construídas por homens e para homens, o que apresenta desafios significativos para as mulheres em sua vida cotidiana.
Quando o enfoque de gênero não é levado em conta nas políticas macroeconômicas, são as mulheres que acabam amortecendo o impacto das crises mediante o trabalho doméstico e de cuidados não remunerados.
Na América Latina, ainda há um longo caminho para alcançar a sonhada paridade, mas as mulheres ainda estão lutando; seguimos liderando, marchando, manifestando, participando, conversando, concordando e insistindo que os espaços políticos são espaços para as mulheres.