De um país com um recorde de golpes de Estado a um laboratório do populismo andino, a Bolívia enfrenta um novo ponto de inflexão. O segundo turno das eleições presidenciais marca o ocaso da hegemonia do MAS e abre um cenário incerto: a elite política terá de enfrentar uma economia à beira do colapso e o fantasma persistente de Evo Morales.
Em 2026, a ONU terá a oportunidade histórica de eleger pela primeira vez uma mulher como Secretária-Geral, rompendo com 80 anos de exclusão. A América Latina conta com líderes qualificadas que podem trazer legitimidade, igualdade e uma liderança transformadora.
Enquanto Gustavo Petro busca se projetar como líder regional através da CELAC, a crescente crise de segurança e fragmentação política na Colômbia questionam sua capacidade de governar em casa.
Na América Latina, mais do que democracias fatigadas, vivemos o esgotamento dos cidadãos diante de regimes que, sob o disfarce eleitoral, pervertem os princípios democráticos.
Na política contemporânea, a qualidade individual dos que exercem a presidência parece ter cada vez menos peso, substituída pelo crescente poder dos assessores que moldam o rumo dos governos.