A observação eleitoral intervencionista ou politizada é uma ferramenta usada pelos regimes autocráticos para tentar comprar legitimidade e combater os efeitos das organizações independentes.
Nos últimos dias, a comunidade internacional testemunhou a violação dos direitos políticos na Venezuela durante o processo de registro de candidaturas para a eleição presidencial.
Será que um mês é suficiente para inscrever e atualizar o registro de mais de 10 milhões de pessoas? Está claro que a vontade do regime, através do CNE como braço executor, é privar esses 10 milhões de venezuelanos de votar.
O Tribunal Supremo de Justiça rechaçou a impugnação de desqualificação que pesa sobre María Corina Machado, a principal líder da oposição, dando assim um golpe de morte nos Acordos de Barbados.
A tática de pressão máxima do governo Trump em relação a Nicolás Maduro resultou em um enfraquecimento acentuado da oposição venezuelana, desacelerando a mobilização dos cidadãos e agravando as divisões ideológicas e os desacordos estratégicos anteriormente presentes nesse setor.
A oposição passa para uma nova fase em que, além de manter o entusiasmo, deve lutar por condições eleitorais que incluam a suspensão das medidas contra María Corina Machado.