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Nossos colunistas

Fabricio Pereira da Silva

Professor de Ciência Política da Univ. Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Vice-diretor de Wirapuru, Revista Latinoamericana de Estudo das Idéias. Pós-Doutorado no Instituto de Estudos Avançados da Univ. de Santiago de Chile.

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O tudo ou nada de Bolsonaro para se manter na presidência

Tudo indica que Jair Bolsonaro será derrotado nas eleições presidenciais brasileiras de 2022. O presidente, entretanto, está apostando em tentativas desesperadas de reverter este panorama.

A vitória de Petro e os desafios da nova onda rosa na América Latina

No início de 2023, quase toda a região será novamente governada por partidos e movimentos da esquerda do espectro político, incluindo países que não participaram da primeira onda rosa, como México, Colômbia e Peru.

Os futuros de Darcy Ribeiro em um mundo sem futuro

Coautor Andrés Kozel "Estamos condenados a aceitar a necessidade de experimentar com o humano" e "um erro acarretará o risco de conduzir toda a supertribo, finalmente unificada, ao desastre". Darcy Ribeiro em "Venutopias 2003", no final de 1973.

Segunda onda rosa: uma nova etapa?

Projetar uma nova onda cor-de-rosa que se aproxime da anterior sem mais autocríticas e adaptações levará a resultados inferiores em comparação com a primeira, e a uma sobrevivência mais curta.

O rápido esgotamento do novo ciclo de direita na América Latina

Governos de direita foram derrotados sem ter conseguido se manter no poder por uma década sequer, eles passaram por uma legislatura. A exceção é o Paraguai, onde eles foram derrubados por golpes institucionais.

Relações África-América Latina: o legado de Desmond Tutu

Apesar das raízes africanas de muitos latino-americanos, o interesse pela África é mínimo, mesmo no Brasil, que tem a maior população com raízes negras-africanas fora do continente.

Gabriel Boric e as possibilidades de renovação das esquerdas latino-americanas

A vitória de Boric reforça a tendência latino-americana do retorno dos governos de esquerda e centro-esquerda, enfraquecendo as versões regionais dos governos autoritários neoliberais, uma tendência global que se traduz aqui principalmente em Jair Bolsonaro.

Chile: tragédia anunciada ou evitável?

Co-autor Alexis Cortés Por que uma sociedade que há apenas dois anos liderou uma das maiores mobilizações sociais de sua história, questionando o governo do direitista Sebastián Piñera, agora se volta para um candidato de extrema direita como sua primeira escolha?

Sequestraram a Seleção Brasileira!

O futebol e política são inseparáveis, como tudo na vida é inseparável da política, gostem ou não. A camisa da Seleção Brasileira não é símbolo de fascismo e reacionarismo. É símbolo da beleza. No mundo todo.

O centenário de Darcy Ribeiro e o resgate da utopia

Em tempos de descrença no Brasil, de sequestro de nossos símbolos nacionais pela extrema-direita mais violenta e reacionária, pode ser uma boa estratégia revisitar um passado no qual tínhamos um futuro. Darcy merece ser lido e relido.

Bolsonaro vai tentar dar um golpe

Bolsonaro disse em um evento evangélico que previa três alternativas em seu futuro: “estar preso, morto ou vencer”. Será que ele sairá vitorioso? Provavelmente não. Mas é terrível que tenhamos chegado a este ponto.

Pedro Castillo e o dilema da moderação

A posse de Castillo simboliza sua vitória temporária em uma disputa de semanas de narrativas sobre uma suposta fraude eleitoral que nunca foi provada. Entretanto, ela não garante de forma alguma a governabilidade do novo presidente.

Coordenadas para acordar do pesadelo brasileiro

Co-autor Danilo Uzêda da Cruz A curto prazo, temos de deter os crimes de Bolsonaro. A médio e longo prazo, precisamos de uma nova esquerda para falar novamente a língua do povo.

Venezuela: crise sem fim e diálogo de surdos

Nunca é tarde demais para os intelectuais críticos latino-americanos reconhecerem o autoritarismo do governo venezuelano. Já existem razões suficientes para que acadêmicos "progressistas" assumam publicamente o "fechamento" do regime.

Ainda é possível evitar o fim do mundo?

É importante que os setores do capitalismo global reduzam as emissões de gases e invistam em tecnologias limpas e eficientes. Isto já é alguma coisa. Entretanto, estas propostas louváveis servem apenas para reduzir os danos, para mitigar o problema, para adiar o fim do mundo.

Sobre os quilombos da “Améfrica”

Desde as recentes mobilizações anti-racistas nos Estados Unidos e em países latino-americanos, houve um fortalecimento dos movimentos negros e feministas no Brasil, assim como uma retomada do debate sobre a raça. Dentro desta estrutura, houve um ressurgimento do interesse por idéias e teorias do passado.

“Golpes institucionais” são golpes de Estado

Você não pode entender o que está acontecendo no Brasil hoje sem se referir ao golpe institucional de 2016. Não se pode alcançar a dimensão da atual crise brasileira sem considerar essa ruptura institucional. Sua realização simbolizou o fim do período democrático brasileiro que começou na década de 1980.

O que falta para condenar Bolsonaro?

Desde o início da sua actuação pública, Jair Bolsonaro tem vindo a cometer crimes em série. A questão a colocar é: o que falta para condenar Bolsonaro? Mais especificamente: o que é que o mantém no poder?

A política da morte de Bolsonaro

Co-autora Camila De Mario Se um elemento fundamental da modernidade tardia e do estado contemporâneo é o direito de matar. A política de Bolsonaro se baseia na morte, na eliminação física dos cidadãos de seu país, e em particular de seus "inimigos".

Precisamos falar da Bolívia (e de Morales)

Falar sobre a Bolívia é uma garantia de que haverá controvérsia. Quando qualquer questão é abordada de uma perspectiva crítica e emancipatória, as disputas dentro de setores sociais organizados, da esquerda e de intelectuais latino-americanos críticos são impressionantes.

Chile: o fim de um ciclo e o qué está por vir

O resultado do referendo chileno de 25 de outubro põe fim a um longo período de submissão da sociedade chilena a um marco legal ilegítimo. Mas além do ciclo que está terminando, é difícil prever o conteúdo do que irá substituí-lo.