Contra todas as previsões, Rodrigo Paz e o ex-capitão Edmand Lara entraram na política boliviana e desbancaram os favoritos das pesquisas no primeiro turno.
De um país com um recorde de golpes de Estado a um laboratório do populismo andino, a Bolívia enfrenta um novo ponto de inflexão. O segundo turno das eleições presidenciais marca o ocaso da hegemonia do MAS e abre um cenário incerto: a elite política terá de enfrentar uma economia à beira do colapso e o fantasma persistente de Evo Morales.
Rodrigo Paz surpreendeu ao vencer o primeiro turno na Bolívia com um discurso moderado e econômico inclusivo, diante do desgaste da direita dividida e do colapso histórico do MAS.
Em meio a uma crise econômica, um tribunal eleitoral desacreditado e uma fragmentação política extrema, a Bolívia caminha para eleições incapazes de resolver as tensões que ameaçam dominar o país.
Javier Milei tornou-se um ponto de referência simbólico para os candidatos da oposição que apelam para o mal-estar econômico e prometem uma “motosserra” para cortar os gastos do Estado em um país cansado de quase 20 anos de governos de esquerda.
A justiça no México ultrapassou o limiar do voto popular sem orientação técnica nem apoio claro dos cidadãos, marcando o início de uma nova etapa constitucional tão inédita quanto incerta.