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O mundo pós-covid-19: Um novo paradigma mundial?

Nesta época do ano em que todos começamos a fazer um balanço do bom e do ruim, das conquistas e dos fracassos, a equipe do Latinoamérica21 não fica para trás e chega em dezembro avaliando o caminho percorrido nos últimos doze meses do ano. Após o choque que 2020 significou para todos, L21 começou 2021 com um claro compromisso com o crescimento do projeto, ampliando tanto seu conteúdo quanto sua rede de colaboradores e canais de difusão. 

O resultado são quase quinhentos artigos publicados no último ano, mais de uma centena de novos especialistas incorporados ao projeto – atingindo a cifra de 270 assinaturas – e acordos de colaboração com 18 veículos de comunicação na América Latina. Também aumentou sua presença nas redes e gerou novos conteúdos, como um podcast onde são abordados temas-chave para a região e um boletim semanal onde todo o conteúdo da semana é incluído. E para encerrar o ano, lançamos uma nova iniciativa que esperamos perpetuar com o tempo: o anuário do Latinoamérica21.

Sob o sugestivo título, O mundo pós-covid-19, novo paradigma mundial?, cerca de trinta autores refletem sobre o impacto da pandemia na América Latina a partir de uma perspectiva multidisciplinar que aborda as dimensões da política, das relações internacionais, da economia e da sociedade. Seguindo o princípio que rege a atividade do L21, vincular a academia com o grande público para fortalecer o debate público na região, essa obra coletiva é uma leitura recomendada para todos aqueles interessados em entender o presente e o futuro próximo da América Latina.

Consciente de que a crise da Covid-19 ultrapassou a fronteira estritamente sanitária para penetrar praticamente em todas as esferas da vida pública, ao longo dos vinte e seis textos são abordadas uma ampla gama de questões como o estado da democracia na América Latina, a ascensão do populismo, a democracia digital, as relações internacionais da região e os projetos de integração, as políticas de recuperação econômica, a mudança climática, as migrações e a desigualdade.

Ao longo dos diferentes artigos, o leitor é convidado a refletir sobre as mudanças que estão ocorrendo tanto na região quanto a nível global, e se todas essas transformações dão lugar a uma mudança de paradigma e a uma nova era. Assim, por um lado, o estabelecimento de estados de alarme ou emergência tem afetado o funcionamento da democracia. Mas, além disso, os efeitos colaterais da crise sanitária afetaram as condições de governabilidade, alterando tanto a ordem institucional e política quanto a continuidade das normas. Por último, o impacto da crise sanitária também foi evidente no contexto socioeconômico. Isto significou que os governos dos cinco continentes tiveram que enfrentar uma situação excepcional que mudou a ordem de prioridade de suas políticas, as regras de convivência e a capacidade de ação dos atores.

Neste contexto, o anuário da L21 pretende contribuir para a discussão e a análise crítica. Em um contexto de desinformação e caos, a divulgação responsável e as pontes entre o conhecimento e a opinião pública são cada vez mais importantes. Neste sentido, o anuário do L21 constitui um fórum de debate que transcende visões particularistas e abre a porta para diferentes perspectivas e argumentos. Tudo isso se baseia na premissa de pluralidade, conhecimento e independência.

Finalmente, devemos enfatizar que, acima de tudo, este tem sido um trabalho coletivo no qual muitos esforços foram feitos a partir de diferentes âmbitos e instituições. Em primeiro lugar, o L21 gostaria de dar um reconhecimento especial aos especialistas que aceitaram nosso convite para participar do projeto. Em segundo lugar, um agradecimento especial a Fundação Konrad Adenauer e seu Programa Regional Partidos Políticos e Democracia por seu envolvimento no projeto e seu patrocínio.

De igual modo, é importante ressaltar destacar o auspício da Associação Latino-americana de Ciência Política (ALACIP) e do Conselho Europeu de Pesquisas Sociais da América Latina (CEISAL), e o apoio da Universidade Diego Portales, do Instituto Iberoamérica da Universidade de Salamanca, da Coordenadora Regional de Investigação Econômica e Social (CRIES) e do Programa de Pós-graduação em Ciência Política da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (PPGCP-UNIRIO). E, é claro, a todos os leitores que nos acompanharam durante todo este tempo. Esperamos que continuem em 2022.

*Tradução do espanhol por Maria Isabel Santos Lima

Autor

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Cientista política. Professora da Univ. de Valência (Espanha) e docente externa da Univ. de Frankfurt. Doutora em Estado de Direito e Governança Global pela Universidade de Salamanca. Especialista em elites políticas, representação, sistemas de partidos e política comparada.

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