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Em nome de Deus: o carácter messiânico do populismo
Jair Bolsonaro e Hugo Chávez, apesar de representarem extremos opostos do espectro político, têm uma característica em comum: ambos usaram discursos e símbolos religiosos para se apresentarem como “salvadores da pátria”, cada um assumindo o papel de líder escolhido por uma missão divina em meio a crises políticas e institucionais. Com narrativas que misturam fé e política, o que chamamos de populismo messiânico, tanto Bolsonaro quanto Chávez conseguiram transformar suas imagens públicas usando elementos religiosos para legitimar suas ações e conquistar seguidores. O populismo é um fenômeno complexo e multidimensional, que pode ser visto como um movimento, uma estratégia ou uma ideologia, e que muitas vezes se opõe à democracia liberal, justificando a transgressão de seus princípios em nome da vontade popular. Se manifesta em lideranças que polarizam a sociedade entre “povo” e “elite”, promovendo a centralização do poder, a desconfiança institucional e a retórica de crise e ameaça. O populismo messiânico, em particular, enfatiza o culto à personalidade do líder como salvador histórico, utilizando a mobilização emocional e a manipulação midiática para consolidar seu domínio e limitar a oposição. É encarnado por líderes carismáticos que se posicionam como salvadores diante de elites consideradas corruptas ou como ameaças externas, e mobilizam...
Mais produtividade com menos emprego? O desafio laboral que a América Latina enfrenta
Enquanto nos países desenvolvidos a produtividade impulsiona empregos de qualidade, na América Latina o avanço tecnológico está aumentando a eficiência ao custo de mais informalidade e menos trabalho formal.
Não ataquem a ciência
Os ataques à ciência na Argentina e no mundo não são fatos isolados, mas parte de uma ofensiva política e cultural que desfinancia, deslegitima e transforma o conhecimento em um inimigo ideológico.
O declínio da política anti-imigração de Trump
O apoio inicial à política anti-imigração de Trump começa a enfraquecer, à medida que a opinião pública americana aceita o controle das fronteiras, mas rejeita os métodos que violam os direitos e a dignidade humana.
A indefensabilidade do cidadão: a porta de entrada para as piores violações de direitos humanos em Cuba
A indefesa estrutural imposta pelo regime cubano transformou o cidadão em refém do Estado e em vítima permanente de violações sistemáticas dos direitos humanos.
De Boric a Kast: expectativas, realidades e limites de uma mudança profunda
A vitória contundente de Kast reflete a mudança do eleitorado em direção a uma demanda por ordem e certezas, evidenciando os limites entre promessas políticas e capacidades reais de governo.












