Uma região, todas as vozes

Nossos colunistas

Fernando Barrientos

Cientista político. Professor da Universidade de Guanajuato (México). Doutorado em Ciência Política pela Universidade de Florença (Itália). Suas áreas de interesse são a política e as eleições na América Latina e a teoria política moderna.

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Como destruir a confiança nas eleições

Obviamente, as eleições legitimam os governos, mas por trás delas estão os procedimentos técnicos sem os quais nenhuma eleição pode ser considerada democrática.

A herança de López Obrador

Seu triunfo como nova chefe de Estado e de governo, ele é ofuscado por sua determinação de seguir à risca o que López Obrador diz, por não ter uma agenda própria e por se submeter voluntariamente aos desígnios dos líderes do partido Morena.

A “inexistente” erosão da democracia

Os problemas atuais da região mostram que a dimensão territorial, a heterogeneidade social e os alcances da eficiência estatal na América Latina mantêm essa dualidade estrutural.

O pós-populismo na América Latina

O pós-populismo é determinado pela tensão entre manter o projeto político e o distanciamento lento e iminente do líder, operado por lideranças secundárias que competem para ocupar o centro.

A Constituição mexicana é democrática?

É conveniente continuar com uma Constituição que vem sendo sistematicamente remendada, mas sem uma reflexão profunda sobre sua democratização? Talvez não seja o momento de mudá-la, mas também não devemos adiar uma atualização profunda que realmente envolva os cidadãos.

Os limites da guerra “justa” e a condenação necessária

A maioria dos governos latino-americanos opta pelo silêncio diante das atrocidades em outras regiões, como as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio, seja pela "autodeterminação dos povos" do século XIX ou pelo temor de serem julgados internacionalmente pelo mesmo critério.

Pode o voto eletrônico salvar a democracia?

O caso da Venezuela é uma amostra de que, mesmo com urnas eletrônicas, manipular as eleições é sempre possível.

O novo menu da manipulação eleitoral

Enquanto a fraqueza estatal persistir e as economias não progredirem, a região estará condenada ao vaivém entre o autoritarismo e a democracia.

Manifesto por uma nova ciência da política

Para dedicar-se à política, não é necessário estudar ciência política, mas para compreendê-la cientificamente e tentar influenciá-la, sim.

O (anti)democrático Poder Judiciário

Nos últimos anos, a América Latina testemunhou um processo lento e às vezes despercebido de controle ilegítimo das supremas cortes por parte dos presidentes.

O militarismo presidencial na América Latina

Nas últimas duas décadas, houve uma militarização de diversos setores da administração pública em países como Bolívia, Brasil, México, Nicarágua, El Salvador e Venezuela.

As novas regras não escritas da sucessão presidencial no México

Desde a transição do México para a democracia em 2000, nenhum presidente conseguiu impor seu candidato preferido para sucedê-lo.

Os juízes também fazem política

El reconocimiento del papel político de los tribunales y las cortes supremas se debe a los procesos de democratización que llevó a profundas reformas constitucionales para afirmar derechos políticos, sociales, económicos y culturales.

Como deter a deterioração das democracias

Todos os mecanismos que permitem aos cidadãos ver uma concordância entre sua vida cotidiana e a política nas instituições podem melhorar a qualidade da democracia e aproximá-los de novo da política.

Sem oposição não há democracia

Não basta a existência de dois ou mais partidos. Quem está no governo deve assumir que deve ter um contrapeso político, caso contrário, surgirão tentações autoritárias, com a consequente deterioração dos princípios democráticos.

A (nova) Constituição do Chile: uma oportunidade perdida?

Até agora, as pesquisas mostram que esta não é a constituição que a sociedade chilena deseja, portanto, se for rejeitada, uma oportunidade histórica também terá sido perdida.

Os efeitos previsíveis da revogação do mandato presidencial

O recall foi introduzido nos sistemas presidenciais como um mecanismo de democracia direta, mas na prática, funciona mais como um mecanismo de medição de forças entre o governo e a oposição e como um termômetro da popularidade dos governantes em exercício.

A disputa pela ideia de democracia na América Latina

Durante as campanhas eleitorais de 2021 no Equador, Argentina, Peru, Chile, México, Honduras e Nicarágua, abundaram discursos polarizadores e estratégias eleitorais de confronto, que são o produto de uma profunda fenda no sentido da democracia.

Quanto tempo resta ao projeto de López Obrador?

Nos próximos meses, a AMLO provavelmente recorrerá a amplas mobilizações e aprofundará sua estratégia de polarização para manter seu projeto vivo. Mas isto, por sua vez, será um sinal de que seu poder está se esvaindo, como o de todos os presidentes fortes que governaram o México.

O que restou das transições democráticas?

Desde o final dos anos 70, vários países passaram por mudanças de regime em direção à democracia. Hoje, quando os militares reapareceram na cena política latino-americana, é bom lembrar essas transições e as lições que eles nos deixaram.

O presidencialismo está em crise

Nos anos 60 e 70, os golpes de Estado militares foram recorrentes na América Latina. Nas duas primeiras décadas do século XXI, no entanto, as interrupções dos mandatos presidenciais desenvolveram outras características menos violentas, mas igualmente graves.

Direitos digitais: a agenda em construção

Os direitos digitais devem ser concebidos a partir dos princípios de liberdade e igualdade. Em sua discussão há uma tendência a formular supostos princípios derivados da moralidade privada e do politicamente correto, confundindo direitos com proibições, e esta lógica se espalha através da rede como um vírus de computador.

Vacinação dos Políticos: oportunismo ou necessidade?

A política é uma atividade essencial? Esta pergunta provavelmente não teria sido feita em outras circunstâncias se não fosse a Pandemia. Os principais políticos foram vacinados ou manifestaram interesse em estar entre os primeiros a serem inoculados.